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Tendências no Brasil: o que esperar do mercado de papelão ondulado para 2021?

O ano de 2020 trouxe diversas dificuldades para o mercado de papelão ondulado, mas como será em 2021?

A expectativa é que o setor de embalagens se recupere no próximo ano, mas os primeiros meses ainda devem repetir 2020, com a falta de insumos e o reajuste de valores causado pela crise que o Brasil vem enfrentando.

A demanda por embalagens aumentou muito no segundo semestre de 2020, o que trouxe alguns problemas como a falta de insumos e a alta dos preços. A projeção da RISI, principal provedora de informações de mercado do setor de papel e celulose no mundo, é que esse cenário permaneça nos três primeiros meses de 2021.

Segundo economistas, a situação deverá começar a normalizar no segundo trimestre. E a falta de insumos deve acabar por dois motivos principais: a retomada da produção de boa parte das indústrias e o fim do auxílio emergencial, que deve ocasionar uma queda na demanda de produtos que exigiam embalagens.

Os últimos meses de 2020 trouxeram números positivos para o mercado, com uma produção de caixas de papelão batendo recordes atrás de recordes: as expedições aumentaram cerca de 15% em setembro e 8% em outubro.

Com a venda em altas, o que vimos no mercado foi a falta de matéria-prima e insumos, ocasionado reajustes nos valores do produto final e atrasando o prazo de entregas. Essa situação, no entanto, deve mudar no segundo trimestre de 2021.  

A expectativa é que o mercado de papel e celulose cresça no próximo ano, segundo a RISI. A entidade afirma que a demanda de celulose pode aumentar 2 milhões de toneladas em relação a 2020.

Apesar da projeção otimista, economistas explicam por que as matérias-primas ainda podem sofrer um aumento no início de 2021: ainda há uma inflação de custos acumulada no mercado e a taxa de câmbio deve continuar alta. Além disso, com a volta do crescimento asiático e mundial, os preços dos commodities, como papel e celulose, ainda permanecem elevados.

No início de 2020, a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) apontou números otimistas: que o setor de embalagens registrou um crescimento de 1,1% ao ano entre 2014 e 2018, e que a tendência era alcançar 1,6% até 2024. Se as projeções se mantiverem, como é esperado, o mercado deve voltar a normalizar já neste novo ano que está chegando.